Segundo um estudo desenvolvido pela Duo Security, o número de malwares para a plataforma Android aumentou 41 vezes ao longo do ano. Agravando este quadro, o estudo indica também que metade dos smartphones com o sistema da Google necessitam de patchs de segurança, para corrigir vulnerabilidades.
O instituto de pesquisa, financiado pela DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa Americana), realizou a pesquisa através do app X-Ray, chegando a este resultado através da amostragem de 20 mil smartphones que baixaram a aplicação. Não, o X-Ray que falamos não é daqueles aplicativos bobos para "enganar os amigos" que seu celular consegue fazer exames de raio X na hora.
Segundo o Duo Security, a falha não é da Google, e sim dos fabricantes: muitos param de trazer atualizações do sistema, ou sequer patchs, para manterem seus consumidores protegidos de novos malwares. "Estes números são assustadores, e exemplificam o quanto é importante atualizações constantes e como a indústrias - operadoras, fabricantes, etc - tem feito isto de forma inadequada até o momento", explica Jon Oberheide, CTO da DUO Security.
Mas a Google também não fica isenta de responsabilidade. Uma das principais vulnerabilidades exploradas é a instalação de aplicativos "não desejados", que instalam frameworks agressivos de publicidade e representam mais da metade dos malwares existentes hoje. Entre os mais relevantes está o "PJApps", que utilizava o app "Black Market", um mercado de aplicativos paralelo para Android- smartphone android, para se instalar no smartphone. "Por muito tempo, o Black Market estava disponível no Google Play, mostrando que a Google precisa melhorar sua política de controle de aplicativos maliciosos", conta Oberheide.